UX e Spotify: estudo de caso que revolucionou a música

Em 2023, o Spotify, líder mundial em plataforma de música, atingiu um marco histórico ao registrar 236 milhões de assinaturas pagas, segundo a revista UBC. Portanto, esses números refletem uma mudança expressiva nos padrões de consumo musical, à medida que os usuários abandonam a compra de CDs em prol de serviços de streaming.

Nesse contexto, as marcas estão cada vez mais dedicadas a compreender o comportamento do consumidor, buscando entender suas preferências, para apresentar a melhor solução às suas necessidades. No caso do Spotify, o segredo por trás desses números está além do seu catálogo, focando em um estudo da experiência do usuário.

Continue a leitura para descobrir como o UX ajudou o Spotify a ser o maior serviço de streaming do mundo 🌎🎶

Como o Spotify virou o serviço de streaming de música mais popular do mundo

Lançado em 2008, na Suécia, o Spotify apresenta uma participação de 30% no mercado global das plataformas de música, superando os serviços de streaming como Apple Music (13%), YouTube Music (8%) e entre outros.

Mas por que o Spotify virou esse destaque e por que é a escolha mais frequente entre os usuários? Em seguida, você vai descobrir os 6 motivos que o colocam como a melhor escolha do mercado.

#1 – Catálogo de música

O Spotify oferece uma vasta biblioteca com milhões de músicas de diferentes gêneros e artistas. Dessa forma, isso permite aos usuários acesso quase ilimitado a suas músicas favoritas e a descoberta de novas.

#2 – Playlists e recomendações personalizadas

O Spotify utiliza algoritmos avançados para oferecer recomendações personalizadas e criar playlists baseadas nas preferências musicais dos usuários, tais como o Spotify Wrapped, uma retrospectiva anual das músicas, artistas e gêneros musicais mais ouvidos. 

Além disso, no final de 2023, a marca inovou trazendo mensagens especiais de artistas para os seus ouvintes durante o wrapped. Veja o vídeo gravado pela cantora Taylor Swift para os seus fãs:

#3 – Múltiplos planos de assinatura

O Spotify oferece vários planos de assinatura, incluindo planos individuais, familiares e para estudantes, com preços competitivos e sem anúncios, o que atrai uma ampla gama de usuários. Assim, a empresa consegue se destacar em um mercado altamente competitivo.

#4 – Multiplataforma

Quer compartilhar com seus amigos o novo álbum que você descobriu? Então, o Spotify é a escolha certa. Com ele, é possível compartilhar facilmente músicas e playlists nas redes sociais, o que promove uma maior interação entre os usuários.

Além disso, o Spotify Wrapped também pode ser compartilhado no Instagram, sendo um momento esperado anualmente pelos usuários, o que aumenta o engajamento entre o aplicativo e os ouvintes.

#5 – Conteúdo exclusivo

Recentemente, o Spotify tem investido significativamente em podcasts e conteúdos exclusivos, atraindo um público ainda maior e diversificando sua oferta além da música.

#6 – Interface intuitiva

A interface do Spotify é amigável e fácil de navegar, facilitando a busca e a organização de músicas, álbuns e playlists.

Contudo, como a marca consegue desenvolver um design limpo e organizado, que supra as necessidades do usuário, além do consumo de música? A resposta é User Experience (UX).

Spotify usa o UX para uma experiência única no mundo da música

User Experience, ou UX, diz respeito ao usuário e à interação que ele tem com um produto ou serviço. Por exemplo, se um cliente entra no site de uma empresa, o qual é demorado, não responsivo ou confuso, a experiência do usuário será negativa, uma vez que as ações não fluíram como esperado.

No Spotify, a experiência vai além do play. A seguir, descubra as 5 aplicações do UX no aplicativo, que mudaram a forma de consumir música.

#1 – Design limpo

A interface do Spotify é minimalista, evitando sobrecarregar o usuário com informações desnecessárias. Com isso, ícones claros, menus bem organizados e uma paleta de cores agradável facilitam a interação.

#2 – Navegação interativa e fluida

Ao responder as principais questões de navegação do UX, o Spotify consegue proporcionar uma navegação útil e fácil ao usuário, permitindo encontrar músicas rapidamente e de forma acessível. A seguir, conheça os principais questionamentos do User Experience em relação à navegação:

• Ao realizar uma ação, o usuário obtém algum feedback?
• Ao entrar em uma página ou seção, o usuário consegue reconhecer o que é clicável?
• Ao entrar em uma página ou seção, o usuário sabe quais ações podem ser realizadas?
• Ao navegar em uma página ou seção, o usuário obtém informações sobre sua localização?

Logo, a lista acima demonstra que a navegação não está relacionada somente ao tempo de carregamento, como também à realização das ações, criando uma sensação de fluidez e eficiência.

#3 – Recomendações personalizadas

O estudo da experiência do usuário vai além da escolha de cores e texto em botões, é uma análise completa de como o público-alvo gostaria de consumir um produto em toda a sua jornada de compra. 

Nesse caso, com o Spotify, esse estudo começa desde a escolha do plano do usuário até recomendações personalizadas com algoritmos avançados, tais como:

• O Spotify analisa as músicas que o usuário ouve, seus artistas favoritos, e até mesmo as músicas que ele pula para entender suas preferências.
• Playlists como “Descobertas da Semana”, “Radar de Novidades” e “Daily Mix” são atualizadas regularmente com base nos gostos do usuário, proporcionando uma sensação contínua de novidade e personalização.
• O Spotify também considera fatores como a hora do dia, localização e dispositivos conectados para sugerir músicas adequadas ao contexto do usuário.

#4 – Lei de Jakob

A Lei de Jakob afirma que os usuários preferem que o site funcione da mesma maneira que todos os outros sites que já conhecem, o que cria uma expectativa de usabilidade com base em experiências anteriores. Desse modo, o Spotify utiliza uma estrutura de aplicativo similar aos outros apps, facilitando a navegação do usuário.

#5 – Lei de proximidade

Relacionada às regras de composição visual, a lei da proximidade indica que os elementos que estão fisicamente próximos uns dos outros são percebidos como pertencentes a um mesmo grupo. Dessa forma, no design de UX, isso significa que itens relacionados devem ser colocados próximos uns dos outros para que os usuários entendam que estão conectados.

Portanto, o sucesso do Spotify não se deve apenas à vasta biblioteca de músicas, mas também ao seu compromisso com uma experiência de usuário única.

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